domingo, 26 de junho de 2011

Greve em Santa Catarina

A assembleia estadual dos trabalhadores em Educação do Estado de Santa Catarina, realizada no dia 9 de junho, reuniu cerca de 15 mil profissionais da Educação na Passarela de Samba Nêgo Quirido, em Florianópolis.


A assembleia estadual referendou o encaminhamento das assembleias regionais, realizadas na vésperas, de manutenção da greve até que o Governo do Estado aplique a lei do Piso, respeitando a tabela salarial da categoria. Foi unânime a decisão pela continuidade da paralisação -a unanimidade pelo manutenção do movimento também foi verificado nas regionais.

A categoria tem o apoio de toda a comunidade escolar – alunos e pais– e pela população catarinense como um todo.


A lei garante avanços salariais à categoria, com a manutenção do Plano de Cargos e Salários. O Governo Colombo, no entanto, faz uma interpretação equivocada da lei, alegando falta de recursos.


Como já informamos, a lei é de 2008! Por que o Governo de Santa Catarina já não se organizou para garantir recursos para a implantação do Piso? A posição do Governo deixa claro a falta de compromisso dos governantes catarinenses com a educação pública, gratuita e de qualidade. Há total descaso com a valorização salarial do trabalhador em Educação, descaso com a escola pública -sucateada, precarizada e sem infra-estrutura adequada que garanta a segurança e o bom desempenho escolar dos alunos matriculados na rede estadual.


Nós, do magistério, defendemos uma pauta que garanta a valorização do profissional e a escola pública de qualidade.


O SINTE/SC reforça a necessidade da categoria continuar participando massivamente das assembleias regionais e dos comandos de mobilização em todo o estado.


AUDIÊNCIA– A audiência de sexta-feira 10 com o secretário-adjunto da SED, Eduardo Deschamps não teve avanço. Sem apresentar resposta por escrito à proposta oferecida pelo SINTE/SC para que o Governo aplique o Piso sem retirar direitos da categoria, a SED repetiu a falta de fôlego financeiro do Estado para pagar um salário digno aos trabalhadores em Educação.



O SINTE/SC, desde o início, vem apontando fontes que poderiam ser utilizadas pelo Governo para garantir a aplicação da Lei do Piso, sem retirar gratificações históricas conquistadas pelo magistério. No entanto, o encaminhamento apontado pelo SINTE/SC esbarra, como sempre, na falta de vontade política do Governo catarinense.



O SINTE/SC reivindica que o Governo reveja a distribuição dos recursos do FUNDEB; conforme registrado na sessão do Tribunal de Contas que analisou as contas do Governo, houve pontos que revelaram o emprego do dinheiro que deveria ir para a Educação está tendo outros fins. O presidente da ALESC, Gelson Merísio/PSD, já havia feito o alerta. ALESC, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Ministério Público que estariam se beneficiando dos recursos do FUNDEB.


Durante a audiência, a SED anunciou o fechamento das negociações com o Comando e decretou que prevaleceria a Medida Provisória 188/2011, que tramita na ALESC.


No entanto, o SINTE/SC conseguiu garantir uma nova audiência para ainda esta semana a fim de tentar, mais uma vez, conscientizar o Governo de que lei é lei e que o magistério quer a carreira no Piso. Não é admissível, tirar do que ganha um professor para pagar ele mesmo. Ou seja, não vamos aceitar trocar 6 por meia dúzia.



O calendário de atividades para o movimento de paralisação prevê o envolvimento de todos os trabalhadores em Educação na campanha “Doação de Sangue em Solidariedade à Saúde” marcada para esta 3ª feira, 14. Onde houver centros de captação de sangue fazer a doação; em locais que não contam com estes centros, o magistério deve fazer panfletagem informando sobre a campanha e sobre os motivos da greve.



Na terça-feira, também, o comando estadual de greve vai até à ALESC entregar carta aos deputados estaduais reivindicando apoio à greve do magistério.

Na quarta-feira, é a vez das assembleia regionais para mobilizar a categoria e intensificar ainda mais a nossa luta.

Grande número de trabalhadores está paralisado e mais de 92% das escolas da rede paradas.

É carreira no Piso!

A greve continua!
Fonte: Boletim 04 (reproduzido na íntegra) do Sinte SC

13 comentários:

Anônimo disse...

Em SC existem professores apadrinhados, digo efetivados sem concurso público? Aqui têm milhares e se agora, com o concurso isso não mudar, a coisa vai ficar preta, pois efetivos e designados não vão aceitar. Sindicato, é hora de tomar um partido e fazer alguma coisa. Não dá para ficar em cima do muro, tentando agradar efetivados e efetivos e designados, queremos isonomia. Sejam éticos e lancem campanha para essa pouca vergonha acabar aqui em MG!

Anônimo disse...

Beatriz Cerqueira, rezam as más (ou boas?) línguas que se essa vaga dos efetivados não forem mesmo para concurso e o candidato aprovado em concurso não puder assumir as vagas dos efetivados, a coisa vai ficar feia. Haverá desfiliação em massa do sindicato além de milhares de mandatos de segurança. É hora do sindicato agir e evitar esse caos que poderá acontecer na educação.

Beatriz Cerqueira disse...

Prezado colega,
tem uma situação que é preciso levar em consideração: não há negociação com o Governo do Estado. O governo acabou de informar (em 22/06) que não negocia com a categoria em greve. Então, antes de afirmar o que é preciso negociar, é preciso conquistar a negociação. A desfiliação é um ótimo instrumento de fortalecimento do governo. Acho muito interessante falar em "desfiliação em massa" do sindicato por um problema causado pelo Governo. Porque não propomos "todos à assembleia do dia 28/06, vamos mostrar a nossa indignação" ou "vamos todos parar as atividades escolares até que está situação se resolva". Alguns colegas que postaram indignação e proposta de desfiliação são de cidade com pouquíssima adesão a greve, que não vem às atividades estaduais em Bh. Estamos em greve. Corremos o risco deste concurso desconsiderar o Piso Salarial e colocar todo mundo no subsídio, o que também enfraquece a luta de hoja e as futuras lutas porque teremos duas categorias: a do subsídio e a do vencimento básico. Precisamos fortalecer a greve, ter atividades regionais, fazer com que a mídia local fale diariamente da nossa greve. Se esta greve não for vitoriosa, não conseguiremos nenhuma negociação de edital. A pauta de reivindicações do sindicato é definida em assembleia estadual, bem como todo o calendário de atividades. É preciso participar para que as decisões sempre reflitam o que vontade da maioria. É hora de fortalecer e não de dividir.

Anônimo disse...

Bia, diante da revolta de tantos colegas em relação à efetivação, proponho que converse com a categoria sobre esse assunto na próxima assembléia. Claro que o sindicato não tem culpa, não há porque desfiliação, mas tente conversar com a categoria sobre o que está acontecendo em relação a isso na próxima Assembléia.. (eu também não acho justo o que o governo pretende fazer de não lançar as vagas dos efetivados, precisamos com calma e raciocínio achar uma brecha pra que isso não aconteça, sem incitar a categoria à ira. Acho que você com sua palavras sábias, guerreiras saberá tocar nesse assunto de forma sábia. Estamos com você! Até dia 28! Força companheira!

Anônimo disse...

Olá Beatriz, até o momento ainda não ouvimos nada sobre as denuncias feitas ao ministério público, federal, estadual e locais. Será que os promotores ainda não tiveram prazo, para analisar tais denuncias? Existe um prazo para isso?

Anônimo disse...

Pleo jeito o concurso terá poucas vagas. Se as vagas dos efetivados nao tentrarem serão poucas as vagas.

Anônimo disse...

A hora e de lutar para que a lei seja cumprida e nao essa divisao,pois tem gente caindo na conversa do governo,se a lei nao esta sendo cumprida,, ja imaginou os novatos,acho qua vao pagar mais caro do que nos ainda se continuar com essas divisoes ,desfili e marque um encontro com o Anastacia depois falem para a galera da luta.

Anônimo disse...

Sou efetivada,e voces pensam que no geral é bom estar na lei 100, não é.tenho licenciatura plena concluida em 2009 e recebo como R.O estado esta todo errado e nós os educadores vamos fazer o jogo do governo e nos tornar uma categoria divida?Não pedimos para sermos efetivados,e se vocês que estão falando de efetivados fossem um de nós oque fariam?entregariam seu cargo?É facil falar de algo so quando esta nos prejudicando,quando prejudica o outro não ligamos nem um pouco.Acho que quem se valeu da lei100 para não se aperfeiçoar,fazendo uma licenciatura é um ignorante que nem na possibilidade de melhor salário pensa.é verdade tambem que na nossa classe muitos colegas pensam mesmo so no próprio umbigo, são pessoas totalmente sem espirito de luta.

Anônimo disse...

Beatriz, estou com você e não abro mão.
Sou efetivada, mas não acredito nisto. Penso que as conquistas devem vir por mérito próprio.
Não quero migalhas destes governos neoliberais, quero apenas o meu direito.
A lei 100 está aí, é inegável, mas não significa que devo cruzar os braços e esperar a boa vontade do senhor governador.
Entendo que o Sindicato luta - também - por nós efetivados porque é uma situação existente na Educação, criada por este (des)governo para nos dividir.
Sou a favor da união de toda categoria: designados, efetivos, efetivados, pois SOMOS SÓ UMA CATEGORIA: A DA EDUCAÇÃO.
Criar um racha na categoria por interesses próprios é fortalecer a política minimalista deste governo, que investi minimamente em tudo que é essencial para a valorização do cidadão.
Vamos utilizar nossas energias, ações e palavras com quem realmente nos oprimi, este governo.
Meus colegas efetivados e designados estão com medo. Medo de ser mandado embora, medo de não receber, medo de baixa avaliação. Mas eu ficarei firme até o final, pois acredito que a greve neste momento, é o único instrumento que temos para alcançar nossos objetivos retirados nas Assembleias estaduais.
Obrigada pelo espaço, onde pude fazer este desabafo.
E lembre-se SOMOS SÓ UMA CATEGORIA: A DA EDUCAÇÃO.
NÃO SE DEIXEM ENGANAR PELOS OS CAPRICHOS DO "PEQUENO PRÍNCIPE".

Anônimo disse...

De fato,

Pela fala dos colegas acima, o governo tem caminhado bastante no sentido de dividir e enfraquecer a categoria. Todavia, caríssimos, precisamos discernir para não cairmos nas amarras do governo que aí está. Ele joga contra nós, e nos coloca uns contra os outros. Faz-se necessário enfrentar e confrontar o que o governo coloca, ou estaremos fadados a um fracasso histórico ao qual não conseguiremos superar. Direcionem a revolta ao governo, afinal, ele é o único organizador, portanto, culpado, da situação na qual nos encontramos. Pergunta: faremos o que ele quer? Nos insurgiremos uns contra os outros e contra a direção sindical para agradar e fortalecer o governador? Ele sorri ante nossos desentendimentos, debocha de nós, ri e se fortalece. Sejamos sensatos.

Eurides dos Santos

Professora de Geografia

Cida/Jaíba disse...

Muito bem, companheira Bia! Também não acho legal os companheiros ficarem ameaçando desfiliação. Aliás, eu acho isso ridículo, pois sindicato fraco é sinônimo de categoria fraca. Cada trabalhador deve ter consciência do que é isso. Ao invés de falar nisso, porque não propor melhorias, sugestões que nos fortaleçam e que coloquem o governo no lugar onde ele deve estar: a serviço do povo? É bom lembrar, companheiros, que de todas as mazelas do governo o que ele tem de mais potente e forte é a nossa desunião. Se acharmos que enfraquecendo o nosso sindicato estamos ganhando alguma coisa estamos muito, muito, muito equivocados. Quem ganha com isso é o governinho do Anastasia e quem perde não sou apenas eu professora, diretora de subsede e nem a Bia e os diretores estaduais, mas todos nós e levamos juntos toda uma geração que necessita de conscientização e participação política.
Portanto, tirem essa ideia retrógrada e equivocada da cabeça! Pensemos grande! Sejamos verdadeiros, fiéis e leais! Só assim venceremos.

Anônimo disse...

Porque as pessoas ficam ai postando essas barbaridades no anonimato??? Falar sem mostrar o nome é facil, qualquer besteira aqui pode ser dita!!!

Anônimo disse...

Bom dia!!!!

Essa confusão da questão dos efetivados esta deixando claro que o desgoverno tucano conseguiu aquilo que queria dividir a categoria em 3:
"com direitos"Mas sem carreira , os com direitos incostitucionais e os sem direito algum.Por isso pessoal vamos cair na real e refletir que no fundo estamos no mesmo barco e se continuarmos com essa papo besta ,a deriva.

Petrônio/Contagem e em greve.