domingo, 21 de agosto de 2011

3,44%

Nesta segunda, dia 22 de agosto, completamos 76 dias de greve. O impasse entre uma categoria profissional e o patrão sempre é justificado pela ausência de recursos para o cumprimento do que a categoria reivindica. Não é o caso de Minas Gerais. Durante todo o período de greve, em momento algum o governo do estado argumentou limitações financeiras. O governo quer o subsídio, a categoria quer o Piso Salarial.
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão já informou qual o impacto na folha de pagamento com o Pagamento do Piso Salarial: 3,44%. É este o percentual para por fim à greve.
A negativa em atender a reivindicação e respeitar uma lei federal não tem a ver com as dificuldades financeiras do estado, mas uma opção do governador.
O governo mineiro optou em investir em diversos setores. Acompanhe a variação de despesa com a remuneração tendo como referência o 1o trimestre de 2010 e o mesmo período de 2011. A variação significa o aumento de despesas:
Advocacia Geral do Estado: 41,2%
Contratos administrativos da Defesa Social: 24,7%
Auditoria Geral do Estado: 21,5%
Contratos administrativos no Meio Ambiente: 16,9%
Gabinete Militar: 15,7%
Planejamento e Gestão: 11,9%
Contratos adminstrativos da Escola Saúde Pública: 10,4%
Além disso, o governo criou despesas que não existiam em 2010 como os exemplos abaixo:

Casa civil e relações institucionais
Escritório de Prioridades estratégicas
Contratos adminstrativos na Polícia Civil
Contratos administrativos na Seplag
Contratos administrativos na Secretaria de Saúde

A questão do não pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional em Minas Gerais é uma opção política do Governo do Estado, nada tem a ver com impacto financeiro, mas com uma politica de gestão que não permite a valorização dos profissionais da educação.
Esta situação não é um problema para o sindicato ou para os profissionais da educação. É um problema de toda a sociedade mineira, além de ser uma desmoralização da profissão docente em Minas Gerais.

26 comentários:

Anônimo disse...

Beatriz,
Precisamos ficar atentos !
Pelo que me parece, o governador irá oferecer os mesmos reajustes
da PM, como fez com os professores do colégio Tiradentes, para os demais professores, desde que seja no sistema de subsídio.

Luiz Fernando

Ronaldo Eustáquio disse...

O governo fará de tudo para tornar o subsídio mais atrativo para evitar um impacto maior na folha de pagamento. Claro que se fosse um governo preocupado com a qualidade da educação, cumpriria a lei federal e este "gasto" seria visto como investimento. E tem mais, a greve deflagrada no dia 08 de junho é para o pagamento do Piso Federal. Me tranquilizou a sua fala, Bia, quando você disse que enfrentará toda a parcialidade da justiça mineira a favor do governador. Pena que a justiça não manda cassar o mandato deste governador ilegal.

gelson disse...

É pura maldade, nao tem outra palavra que descreva essa situação. O que nós indigna ainda mais é ter um ministerio público que quer ser mediador e não que faça cumprir a lei.

Marlene Alves disse...

Beatiz, sua análise sobre o não pagamento do nosso piso é uma realidade, entretanto, o Governo tem que se conscientizar de que ele não pode tirar arbritariamente o nosso direito conquistado de receber o nosso vencimento mais as porcentagens das vantagens adquiridas ao longo do nosso trabalho. Isso não pode ser roubado sem o nosso consentimento. Quem decide é o trabalhador.Se ele quer implantar o subsídio que assim o faça com quem optar.Mas mudar sem autorização como foi feito é retrocesso. Afinal , me disseram que a DITADURA é coisa do passado, ou será que ela está rondando a nossa tão sonhada LIBERDADE ?

Helcilene disse...

Beatriz, qual o resultado da reunião entre o governo e o ministério público?
E a reunião sua com Lula?

benhur disse...

É um absurdo por parte do governo se negar a pagar o piso , UM TOTAL ABSURDO !!!! BEATRIZ NÃO ACEITE MELHORIA NO SUBSIDIO POR FAVOR , VC SABE Q O Q INTERESSA A CLASSE É O PISO . VENCEREMOS FORÇA . GREVE , GREVE !!!!

Anônimo disse...

Tem que ser o PISO. Não há outra conversa. Caso contrário, a GREVE CONTINUA. Não vamos fazer como ano passado, recuar (acabar com a greve) com uma promessa que nos iludiu. A princípio não entendemos o que significaria o subsídio, mas mesmo com muita contrariedade da categoria, a greve acabou. NÃO VAMOS FAZER IGUAL NESSA PRÓXIMA ASSEMBLÍEA. OU O GOVERNO NEGOCIA ESSE PISO LOGO E PARA DE FAZER HORA COM A NOSSA CARA, PARA DE NOS ESTRESSAR (SIM, PORQUE JÁ ESTAMOS UMA PILHA DE NERVOS, NÃO AGUENTAMOS OUVIR O NOME DESSE GOVERNADOR E DE SUAS SECRETÁRIAS) OU CONTINUAMOS DE GREVE. GREVE, GREVE, GREVE...

Anônimo disse...

Atenção sindicato e Bia: sem o Piso não pisamos na escola. Estamos dispostos a perder o ano letivo. Não traga outra proposta na Assembléia que não seja o Piso porque a categoria cansou de ser a escória do estado de MG. Sem o piso pode propor a continuidade da greve que iremos prontamete acatar. Greve até o piso.

Anônimo disse...

Boa noite Beatriz e companheiros de luta!
Se vê de longe que esse governo está pouco se lixando para a educação! Contrata pessoas sem a mínima qualificação para substituir os profissionais em greve... Que preocupação repentina é essa com o ENEM que leva esse (des)governo a contratar profissionais completamente despreparados?
Por incrível que pareça, pelo percentual revelado pelo próprio governo, parece existir uma "picuinha" com o professorado desse "digníssimo" Anastasia. Confesso não entender mais o porquê desse governo não pagar o piso salarial e cumprir a lei federal... Todos sairiam satisfeitos: professores valorizados, alunos na sala de aula e o governo mineiro podendo dizer ao Brasil que realmente cumpre a lei do piso salarial dos professores(nada mais que sua obrigação!).
Parabéns ao sindicato pela propaganda veículada nos jornais "O TEMPO" e "SUPER NOTÍCIAS".
Prof. Eduardo
B.H.

Anônimo disse...

Se o sindute levar para a asembleia do dia 24, proposta do Governo de melhoria do subsidio e a maioria aceitar, basta um prof. rejeitar a proposta, que o governo vai ter que pagar o piso para este professor, querendo ou não.
Sebastião de Oliveira

Anônimo disse...

ATENÇÃO, COLEGAS PROFESSORES:
- JÁ PARARAM PARA PENSAR NISSO?
Se voltássemos para o nefasto SUBSÍDIO e a LEI a que ele se refere fosse declarada INCONSTITUCIONAL? Como ficaríamos?
Então, não desanimemos.
CONTINUEMOS FIRMES NA LUTA
até que consigamos o PISO,
AINDA QUE FIQUEMOS COM FOME E SEM DINHEIRO. Chegamos até aqui e NÃO VAMOS RETROCEDER.
COLEGAS, COLEGAS,
é AGORA ou
NUNCA MAIS!!!
R e f l i t a m.
REPITAM COMIGO: - Sem PISO, friso, na ESCOLA não PISO.
A partir de agora ESSA É A NOSSA ORAÇÃO.
Nossa dor chegou à tona.
Desde a greve de 1979 que a CATEGORIA vem sendo
P I S O t e a d a!!!
Chega, PELO AMOR de DEUS!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Também concordo que não devemos recuar agora e abrir mão do piso. Nada de melhoras no subsídio. Mas penso que se não sair nada nesta quarta, a catgoria pode se desmobilizar. Por isso, volto a insistir em ações mais radicais. Porque muitos podem acabar voltando. Com atitudes mais radicais, o governo veria que não estamos pra brincadeira. Os dois últimos atos, na minha opinião, não tiveram nenhum impacto sobre a figura do governo. Teríamos que tomar uma atitude que envergonhasse o governo. A pressão sobre o MP também deve ser feita, além de esclarecer nos jornais e TV o direito dos outros alunos que estão sem aulas e as contratações de pessoas despreparadas pra dar aula.

Anônimo disse...

Também concordo que não devemos recuar agora e abrir mão do piso. Nada de melhoras no subsídio. Mas penso que se não sair nada nesta quarta, a catgoria pode se desmobilizar. Por isso, volto a insistir em ações mais radicais. Porque muitos podem acabar voltando. Com atitudes mais radicais, o governo veria que não estamos pra brincadeira. Os dois últimos atos, na minha opinião, não tiveram nenhum impacto sobre a figura do governo. Teríamos que tomar uma atitude que envergonhasse o governo. A pressão sobre o MP também deve ser feita, além de esclarecer nos jornais e TV o direito dos outros alunos que estão sem aulas e as contratações de pessoas despreparadas pra dar aula.

Anônimo disse...

Beatriz, mesmo que o estado não tivesse condições financeiras, ele teria que nos pagar o piso. o ministro Haddad confirmou o que está previsto na lei do piso. "EXISTE NA UNIÃO, RECURSOS PARA COMPLEMENTAR A RECEITA DE ESTADOS E MUNICÍPIOS. E ESTÃO LÁ PARADOS... NINGUÉM PEDIU - AFIRMA O MINISTRO.
O QUE MAIS ENTRISTECE É A GENTE RECEBER APOIO DE OUTROS SEGMENTOS DA SOCIEDADE E VER OS NOSSOS COLEGAS NA SALA DE AULA...
MAS NÃO VAMOS DESISTIR... JAMAIS!

Anônimo disse...

Caros colegas:
O tempo ta passando e o ditador,nem nenhum homem da lei se manifesta a nosso favor.Não podemos desanimar,quanto mais se calam ,mais fortes deveremos ser.A pressão não pode ser só em minas ,temos que pressionar os ministros federais para que publiquem o acórdão.Eta país miserável tanto bla,bla,,,,e nenhuma ação palpável nem o acórdão os miseráveis publicam.Temos que saber os nomes de quem ta travando a publicação desse acórdão . Deve ser um traidor da educação, temos que saber e publicar os nomes desses traídores e depois mostrar para os alunos ,,pais e população que espécie de ser humano temos no comando desse país,Pessoas que não tem nenhum senso de humanidade se vendem facilmente,com certesa devem estar recebendo favores em troca dessa deslealdade.A greve naõ pode acabar sem que tenhamos o piso.Temos que sermos forte ,uma greve que até hoje não foi julgada ilegal isso porque a lei está do nosso lado,os juizes estão de mordaças na boca,não podem julgá-la ilegal,,,mas temem o governador e também não julagam legal.Que país é esse meu povo.Só nus resta a união entre nós mesmo. Não podemos desanimar ,com certesa seremos vitoriosos.Se o governo não negocia precisamos de uma ação mais enérgica de movimentação ,não podemos deixar essas crianças a Deus verá.Força na luta ,,desanimar nunca,,temos a lei maior a nosso favor com certesa venceremos

Professores de Carlos Chagas. MG disse...

Hoje fiquei a manhã inteira ouvindo a Itatiaia, mas infelizmente nada disse sobre a situação da educação em Minas Gerais.Etá Brasil, Etá Minas Gerais!! Mas permanecemos na luta, somos politizados e informados, não adianta investir em subsídio, nós queremos é o piso.Brsil Mostra A sua cara....

prof.jb mutum disse...

Comp. e Companheiras
Com o fim da ditadura militar na década de 80,o uso da força como meio de frear manifestações,foi abolida e hoje intolerável.
O governo de Minas democraticamen-te eleito,NÃO faz jus ao cargo que ocupa pois intransigência,arrogân-
cia,pirraça,jogo de cintura e falta de acessibilidade não condiz
com os princípios da DEMOCRACIA.
"3,44%" de impacto nas finanças do
E. M. G.,é o preço que que custará
aos cofres público para inicialmen-te podemos ter o que merecemos:O
PSPN.(digo inicialmente por que a luta continua).
Somente seremos respeitados como profissionais se formos até o fim, seja ele agora ou não.

Beatriz,Mutum continua em greve parcial,acompanhando toda a região(futura subsede).Não arredamos o pé!Estamos juntos nessa!

PROF.JB MUTUM

Anônimo disse...

Segundo a reportagem no MGTV de agora à noite o governo apresentará ao sindicato uma nova proposta. ALGUNS DIZEM QUE ESTE GOVERNADOR É MUITO INTELIGENTE, mas a cada proposta apresentada ele se mostra OBTUSO, não queremos aperfeiçoamento na forma do subsídio, queremos é o PISO. Precisaremos gritar mais e mais? Gazola que tem cara de caçarola, ponha para fritar o subsídio, sua batata está assando... queremos é o piso e disso não abrimos mão.
Inácio Lopes - Pará de Minas

Anônimo disse...

Companheiros:

Acho que o fundanental é o piso,,mas devemos ouvir a proposta do governo.Se ele garantir que o subsídio for corrigido toda vez que houver correção do piso e garantir que todos os profissionais que tem direito a biênio e quinquênio continuarão recebendo e que a promção por escolaridade será automática,que pagará os dias parados e que o aumento será pra esse mês e retroativo a janeiro é um caso a pensar.Não somos radicais ,,somos racionais ,,só voltaremos com o piso ou algo que nus proporcione valores iguais ou superiores.

Anônimo disse...

Ao Anônimo das 18:03. Não vamos acreditar em papai noel e nem em coelhinho da páscoa. Se o governo insiste tanto nesse subsídio, pode saber que vem m... por aí, pode não se agora, mas a longo prazo estaremos encalacrados. Não nos venha com essa conversa, a categoria entrou e permanece em greve por objetivo específico: PISO. Caso contrário, a greve continua.

Professor Antônio Jerônimo Neto disse...

Beatriz,

Segundo ouvi, é meta do governo pagar todas as secretarias com subsídio. Se assim for, que primeiramente ele pague outras secretarias. Que não aceitemos começar pela educação. Por que será que a educação é o alvo do governo se ele próprio mostra que ao pagar o piso nacional a despesa do estado será de apenas 3,44%?
Não ao subsídio. Se não for o piso (no mínimo a média do MEC com o NACIONAL). Outras vez estamos assistindo mais uma incoerência governamental ao permitir que todos voltassem à forma antiga de pagamento e ele continua inistindo com o subsídio. Sem piso não voltaremos às salas de aula.
Prof Antonio Jeronimo Neto

Anônimo disse...

Ei, anônimo das 18:03 quem disse para você que aceitaremos alguma coisa diferente de piso? Essa palavra subsídio, mesmo que não for dita, deve ser abolida de nossas mentes. A maioria optou pelo PISO, portanto nada de arredar o pé agora, pois isso será o nosso fim, a desmoralização total e o fim da nossa tão sonhada carreira.Até parece que você não entendeu até agora o que significa SUBSÍDIO. Não passamos tudo ISSO até agora para voltarmos à estaca zero. Pelo amor de DEUS! Sejamos coerentes e FORTES. Ou será que você é alguém do governo se passando por professor para tentar ludibriar os menos esclarecidos?

Anônimo disse...

Caros colegas:
Não podemos aceitar o novo subsídio,,o acórdão esta pronto para ser publicado e com certesa o governo e suas noivas conhecem o teor desse acórdo.A vitória é nossa,,se subsídio é melhor que o piso,,que o governo paque o piso e fique no lucro.A própria constituicão diz :
Nenhum cidadão é obrigado a fazer algo contra a sua vontade.Não queremos subsídio queremos o piso.Amanhã é dia da vitória.

Anônimo disse...

Beatriz, boa noite!
O governo só não tem dinheiro para os professores.
Se não tivesse tantos cargos de assessores, talvez a educação estaria mais bem assistida.
É muito dinheiro jogado fora.
Temos que ir até o fim, piso ou continuação da greve!

Anônimo disse...

acabou de passar no mgtv segunda edição a entrevista com a Renata Vilhena..o discurso é o mesmo!Não muda nada!!

Anônimo disse...

Conpanheiros a vitória esta próxima graças a Deus,,só tô com pena de quem não confiou no sindicato e quiz ficar no sistema antigo.Veja a fala da Renta vilhena segundo o jornal o tempo:

"A decisão ainda cabe recurso, por isso não queremos nos antecipar. Mas se o Supremo determinar o pagamento do piso, nós vamos aplicar aos profissionais que permaneceram no regime antigo", explicou Renata. Segundo ela, a determinação do STF não será válida para os servidores que já haviam migrado para o subsídio.

http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=127698,NOT