domingo, 9 de outubro de 2011

Reunião do Comando Estadual de Greve

Convocado pelo Sind-UTE MG, o Comando Estadual de Greve se reuniu neste sábado, dia 08/10, para avaliar a greve, a atuação da Comissão Tripartite, e as respostas do Governo do Estado às questões funcionais da categoria. Cerca de 300 representantes de todas as regiões do estado participaram da reunião.
O primeiro momento da reunião foi a apresentação das demandas e avaliações das regiões. Mesmo com forte pressão da Secretaria de Estado da Educação, a maioria das regiões aguarda a negociação do sindicato e deliberação do Comando para iniciar a reposição da carga horária suspensa durante a greve.
Após o relato de cada região, a professora Rosa Pimentel realizou uma homenagem pelo aniversário de 45 anos da morte do líder Che Guevara.
Em seguida, José Celestino (Tino) apresentou as discussões da 13ª Plenária Nacional da CUT realizada esta semana em São Paulo. Uma das principais questões foi o lançamento de uma campanha pelo fim do imposto sindical.
Em seguida, a companheira Marilda de Abreu apresentou o calendário de mobilização da CNTE. Ela e o Abdon (o Bidu) receberam uma homenagem em função da greve de fome que fizeram durante a greve da categoria.
Durante 7 horas e 30 minutos, os presentes avaliaram a greve, o início dos trabalhos da comissão tripartite e os retornos que o governo apresentou nesta quinta-feira. Acompanhe as deliberações:

1) Piso Salarial Profissional Nacional
A direção do sindicato apresentou ao Comando os seguintes parâmetros para negociação com o Governo do Estado a respeito do Piso Salarial:

1. Atualização da tabela com o reajuste previsto para 2012.

Uma vez que os impactos financeiros do Piso salarial serão a partir de 2012, o parâmetro de discussão não pode ser o valor do Piso vigente em 2011. Para discussão na Comissão Tripartite, as tabelas serão atualizadas de acordo com o reajuste anual previsto na Lei 11.738/11 para 2012.
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2. Correção de distorções.

Nas tabelas elaboradas pelo Sind-UTE MG e publicadas no Informa 48, aplicamos o Piso Salarial proporcional à jornada. Mas também é necessário considerar o valor do Piso corrigindo distorções como, por exemplo, entre o cargo de professor e de especialista.

3. O recebimento de valores retroativos

De acordo com o Termo de Compromisso assinado entre o Sindicato e o Governo do Estado, os impactos financeiros do Piso Salarial serão a partir de 2012. Mas é necessário levar em consideração a diminuição de remuneração promovida pelo Governo este ano e ficar atento ao resultado do julgamento dos embargos de declaração, que definirá a vigência do Piso Salarial. Por isso, é necessário discutir o recebimento retroativo do Piso Salarial.

d) A Jornada do professor

O Estado de Minas Gerais não cumpre a Lei Federal 11.738/08 também no que se refere a jornada do professor. De acordo com a lei, no mínimo, 1/3 da jornada do professor deve ser para atividades fora da regência, o que não acontece na Rede Estadual atualmente.

É importante lembrar que o a discussão do Piso Salarial é para todos os cargos, de acordo com a Lei Federal 11.738/08 e o Sind-UTE MG apresentará tabela para todas as carreiras da educação.
A reunião da Comissão Tripartite acontece nesta segunda-feira, dia 10/10, 15 horas, Gabinete do Secretário de Estado de Governo, Cidade Administrativa.

2) Resposta do governo às questões funcionais da categoria

O Comando avaliou que os retornos do Governo em relação as questões funcionais da categoria foram insuficientes.
Respeitando pais e alunos, a categoria quer realizar a reposição da carga horária não dada em função da greve. No entanto, a Secretaria de Estado da Educação tem dificultado isso. Ao ouvirmos os relatos de diferentes regiões do Estado, temos a percepção de que a Secretaria de Estado da Educação, longe de zelar pelo direito do aluno ou pela qualidade da educação, tem adotado um comportamento de “birra”, de não querer estabelecer diálogo e negociação. Isso porque não há fundamentação técnica ou jurídica nas respostas apresentadas pelo governo, o que transparece uma postura de intransigência da Secretaria de Educação.
O calendário de reposição foi formulado unilateralmente pela Secretaria desrespeitando pais, alunos e profissionais da educação. Ninguém foi ouvido.
Além disso, a Secretaria determinou a reposição durante o período de férias da categoria, o que pode acontecer somente diante de um acordo com o sindicato da categoria.
Uma vez que a greve foi suspensa, não se justifica a manutenção dos profissionais substitutos nas escolas, o que gerará despesas superiores a 10 milhões de reais. É necessário a organização do quadro da escola, com a imediata dispensa dos servidores substitutos.
A reivindicação do Sindicato de manutenção dos salários dos meses de agosto e setembro tem como justificativa o compromisso do Governo de não realizar punições com o fim da greve. É necessário que o Governo cumpra o que se comprometeu. Outra questão é que a manutenção do salário nos próximos dois meses é uma questão alimentar, de sobrevivência, além de ser essencial para que o trabalhador possa custear o transporte até escola. Vale lembrar que o Estado não fornece vale transporte ou cartão de transporte para o deslocamento do trabalhador em educação.
Por isso, a orientação aprovada pelo Comando é de que a categoria aguarde a negociação deste ponto para iniciar a reposição.

3) Categoria mobilizada

O sentimento na escola hoje é de indignação pelo comportamento cada vez mais arbitrário por parte da Secretaria de Estado da Educação.
A categoria continua mobilizada e em estado de greve acompanhando o desenrolar dos próximos momentos de negociação com o governo do Estado e será realizada nova reunião do Comando no dia 29/10.
Não está descartada nova greve ou não iniciar o ano letivo de 2012, caso o Governo não cumpra o compromisso assumido com a categoria.

4. Calendário de atividades

10/10 – Segunda-feira
Vigília da categoria durante a reunião da Comissão Tripartite
15 horas, Cidade Administrativa
20/10 – Mobilização durante atividade na Assembleia Legislativa
(aguardar orientações do sindicato)
26/10 – Quarta-feira
Paralisação Nacional
Participação na Marcha Nacional 10 mil por 10% do PIB em Brasília, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)
29/10 – Reunião do Comando Estadual de Greve
Avaliação do trabalho da Comissão Tripartite e encaminhamentos relacionados ao calendário de reposição e pagamento.

Atividades de Mobilização

1. Realização de uma campanha de solidariedade aos profissionais de educação que estão sem salário através de barracas e panfletagem em Praças Públicas.
2. Participar da Etapa Final do Seminário Legislativo sobre Pobreza e desigualdade em Minas Gerais (24 a 26/10).
3. Realização de um Seminário com os Movimentos Sociais para discussão sobre a situação da educação pública em Minas Gerais
4. Esclarecer à sociedade a real situação dos substitutos contratados durante a greve da categoria.
5. Realizar um dia de Denúncia ao Ministério Público a questão dos substitutos.

20 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde,BEATRIZ!!!!!!!!!!!!

Muita LUZ!!!!!

Preciso entrar em contato com você por e-mail.Se possível deixe seu endereço eletrônico aqui, para que eu possa relatar,a você, o que ocorreu.

Abraços!!!!!!!!!

Anônimo disse...

uma sugestão para mostrar a insatisfação da categoria, o descaso e falta de vergonha dos responsáveis pelo nosso salário tão baixo é inibir o governo de Minas Gerais não aplicando as provas avaliativas em todo o Estado de MG: pro alfa, provinha Brasil entre outras.

Anônimo disse...

ESTAVA PENSANDO....................

POR QUE ???????????? NÃO TENTAR O IMPEACHEMENT DO GOVERNADOR?

Matths disse...

Nossos educadores estão sendo desrespeitados por um direito federal. A reunião seguiu- se com os objetivos, e a não resposta do governo estadual. Por isso é necessário mobilização não só a da classe, mas de todas, já que educação é base de todas as outras profissões. Por isso o “povo” tem que ser conscientizado da situação.

Fernanda Lopes F. de Souza disse...

É claro o desrespeito à classe, porque só os professores precisam ficar em greve tanto tempo? Porque o gorverno fala que só negocia sem greve? A educação ultimamente deve estar em ultimo plano, uma coisa que não podeia acontercer já que se hoje somos ALUNOS amanhã poderiamos ser PROFESSORES, mas com essa falta de compromisso do governo para com esta classe e acompanhando de perto essa LUTA da para desistir até mesmo de um sonho!!

Anônimo disse...

Nossos educadores estão sendo desrespeitados por um direito federal. A reunião seguiu- se com os objetivos, e a não resposta do governo estadual. Por isso é necessário mobilização não só a da classe, mas de todas, já que educação é base de todas as outras profissões. Por isso o “povo” tem que ser conscientizado da situação.

Anônimo disse...

Certamente o governador Anastasia nao mostra interesse algum sobre investimento na educaçao do estado de Minas Gerais. Com isso nosso estado so tem a perder em questao do desenvolvimento educacional, minas é um dos estados que mais arrecada imposto do Brasil, e onde esse dinheiro é investido? em educaçao nao é neh.

Tales Arêdes, aluno do estadual central. 117m

Junior disse...

Os professores sempre foram desvalorizados aqui em Minas, isso não é novidade, muitas vezes falta suporte, materiais para trabalho em sala de aula e os prof. acabam tirando do seu próprio bolso o dinheiro para poder dar o ensino que nós alunos precisamos. Percebo uma luz no fundo do túnel, pelo visto o tão estimado piso salarial se torna uma possibilidade para os nossos educadores. O Estado não pode simplesmente virar as costas para uma lei federal.

Aluno do 3°ano 121/14 disse...

Estavam no caminho certo, querendo repor as aulas depois que o acordo fosse feito com o estado, lembrou de data importante que foi o aniversário de Che Guevara que mostra para o governo PSDBista que nosso pensamento é de esquerda e não igual o deles. A campanha pelo fim do imposto sindical também foi uma ideia importante para a vitória dos professores. Tudo organizado, planejado e bem simples as propostas da categoria mais o governo mais uma vez não aceitando e dificultando as coisas! realmente esse é o DESGOVERNO mineiro!

laryssa disse...

O estado está tratando os professores com falta de respeito, mostrando um descaso com a educação pública no país. Quem mais perde com a greve é o Brasil que entrando para uma nova classe de países no mundo fica em situação vergonhosa com tal acontecimento.

Samuel disse...

Boa tarde Beatriz!

Fiquei feliz em ver o a dedicação de todos em resolver a questão da greve da melhor e mais rápida maneira possível. Tenho orgulho de ser aluno de professores tão guerreiros como vocês são.

Mas eu fiquei indignado quando li que o governo não oferece nem ao menos auxilio transporte aos professores. Isso mostra mais uma vez a falta de valorização dos professores por parte do governo. Enquanto os policiais andam o dia inteiro de carro por aí, os professores sofrem para poder ir trabalhar.

Anônimo disse...

É totalmente deplorável o descaso da Secretaria do Estado e da Educação com os professores, alunos, dentre outros. Pois eles não estão pensando no bem da sociedade e muito menos no bem dos alunos, que são os mais prejudicados com a greve.

Anônimo disse...

na sociedade o professor é responsável pela formação dos cidadãos, e como o governo tem essa "cara-de-pau" de desrespeita-los desta forma?
O governo tem que cumprir a a lei federal"

Aluno 3º ano - Estadual Central disse...

Nossos educadores merecem mais respeito, mais reconhecimento e principalmente serem levados mais a sério. O Governo e a mídia querem que a população torne-se subodrinada a eles. É uma pouca vergonha um governador que um dia foi professor, tomar uma atitude imoral dessas. Como aluno ficou inteiramente decepcionado com tal atitude e afirmo que esse descaso é uma causa de vários problemas socials que vivenciamos hoje.

Aluno 3ano estadual central disse...

A reunião serviu para discutir o piso em 2012, a jornada de trabalho dos professores, a reposição das aulas e a questão dos gastos desnecessários e a posição dos substitutos. A reunião foi proveitosa.

camila oliveira disse...

CAMILA PEREIRA OLIVEIRA

É preciso que o governo tenha conciência de que a educação e a base de tudo pra que um pais cresça é necessario ter esta importante ferramenta, mas parece que ele está se lixando pra uma educação de qualidade, uma melhor valorização dos professores,atrves de uma melhores condições de trabalho é mais respeito aqueles que nos ensinam para a vida


Abraços!!!!

Anônimo disse...

CAMILA PEREIRA OLIVEIRA

É preciso que o governo tenha conciência de que a educação e a base de tudo pra que um pais cresça é necessario ter esta importante ferramenta, mas parece que ele está se lixando pra uma educação de qualidade, uma melhor valorização dos professores,atrves de uma melhores condições de trabalho é mais respeito aqueles que nos ensinam para a vida


Abraços!!!!

tom disse...

A causa só se ganha com luta. Já dizia o velho karl. "As revoluções são a locomotiva da história.".Vamos mudar os rumos da educação para melhor, todos juntos.

Andre Leao disse...

Realmente é uma tremenda falta de respeito esses substitutos aé nas escola. Na minha por exemplo, tem uma salinha onde eles ficam, batendo moh papo la, comem e bebem a vontade a custas das escola e tals. A novidade agora é que, assumiu da minha sala uma substituta de fisica que é formada em administraçao, coragem a dela viu, coragem...

Anônimo disse...

As atitudes tomadas pela secretária de estado de educação e o total descaso com alunos pais e professores só pode ser considerada nada menos que: Absurdo. Além de serem decisões inpensadas, não levam em consideração o aluno, principal afetado pela greve e o descaso do governo com a educação mineira.




Rodolfo Fabrini Mendes - Aluno do terceiro ano da escola Estadual Central.