terça-feira, 9 de abril de 2013

Somos "inaptos"

Hoje conversei com um professor. Não darei mais detalhes para que ele não se sinta exposto. Ele me entregou seu currículo e me pediu que se eu soubesse de qualquer oportunidade, que pudesse ajudá-lo. Me contou também que já estava para ser despejado mas que conseguiu fazer uma negociação com o dono do imóvel para que pudesse ficar por três meses até conseguir outro lugar. Diante da situação, perguntei se ele não tinha conseguido um contrato na rede estadual este ano. Ele não conseguiu. Embora esteja numa boa classificação no concurso, tenha trabalhado em 2011, ainda não conseguiu porque foi considerado inapto pela perícia médica.
Ele trabalha na rede estadual desde 1991 e enfrenta uma grave doença classificada como alcoolismo crônico. Nunca recebeu do Estado qualquer amparo ou orientação que contribuísse para o seu tratamento. Mas se tornou "inapto"  pelo Estado e foi jogado pra fora do mercado de trabalho como quem joga fora um pedaço de papel.

A sociedade não cuida dos seus professores!

Que vergonha!

Que sofrimento!

11 comentários:

Anônimo disse...

No blog da Renata Vilhena estão falando sobre o discurso do Joaquim Barbosa em homenagem a Tiradentes, como a Renata disse que não tem como saber o que será falado acho que é a oportunidade de levantarmos o assunto da lei 100 no momento da palestra, Quem concordar comigo por favor coloque aqui no blog para a gente se organizar para estarmos presente acho que não teremos outra oportunidade como está.

César Pedroso disse...

Quando o ser humano trabalha por décadas sobre pressão, baixo salário, auto-estima no lixo, muitas vezes o álcool surgi como opção. Conheço e convivo com vários educadores, não só da rede estadual e educação básica, como tbém educadores das universidades públicas e particulares da educação superior...mas o problema está aí, como a depressão...ipseng...2 meses pra marcar uma ressonância...brincadeira, às vezes é só tomando uma mesmo, viu Bia!!!!

César Pedroso disse...

É muito comum...qualquer ser humano trabalhando por anos sob pressão e risco, dependendo do local da escola, acaba tomando uma todos os dias pra aliviar a dor no estomado por ter passado mais uma manhã de trabalho engolindo sapos e sendo "mal" remunerado e reconhecido por uma sociedade de merda que reelegem um partido(aqui em minas)para nos afundar mais no lixo...mas somos fortes e educadores, mesmo tomando um porre de vez em quando acreditamos na transformação pela educação, né Bia!!!!

Anônimo disse...

Beatriz Cerqueira, Hoje existe uma entidade, sem fins lucrativos, chamada AA que significa Alcoolicos Anônimos. è muito bom particpar desssas reuniões. É bom que procure na cidade dele.

Anônimo disse...

É assim mesmo que somos tratados pelo governo, diretores e supervisores escolares,inspetores, perícia médica e pela sociedade em geral. Enquanto estamos saudáveis e calados, dando nosso sangue a serviço do estado somos ótimos! Nossa! Nas escolas chegam até a puxar nosso saco, mas depois que nos tornamos doentes, muitas vezes em função do serviço que fazemos, da jornada extenuante de trabalho e aos longos anos de luta, nos tornamos descartáveis e se não tomarmos cuidado seremos encostados como se fôssemos lixo. E se questionarmos nossos direitos, aí é que nos olham de cara virada. Há meses venho provando deste veneno. Tenho apresentado problemas de saúde da voz em função dos 32 anos em sala de aula em um cargo e 20 em outro. No ano passado fui obrigada a afastar por 100 dias da sala de aula para tratar da voz e ouvi, quando voltei, de uma colega supervisora" Você não tinha nada sério, só estava cansada não era?" E eu "Oxalá fosse assim!"
Minha voz pouco melhorou com a fonoterapia, mas graças a Deus me livrei da formação nodular que fora diagnosticada. Preciso de tratamento permanente pois devido à falta de tratamento em tempo hábil, meu caso demorará muito para ser resolvido. Este ano novo problema de saúde foi diagnosticado_ Síndrome de impacto e tendinite calcária em ambos os ombros, o que me causa dores horríveis. Há vários anos sinto dores no braço quando escrevo no quadro e evitava tirar longos períodos de LTS por compromisso e responsabilidade com os alunos. Agora que não aguentei mais trabalhar sentindo tanta dor e que fui orientada pelo especialista a cuidar de minha saúde, tive os dias de afastamento prescritos pelo especialista reduzidos pela metade. Estou com os movimentos das mãos e braços limitados. Não consigo girar uma maçaneta nem carregar nenhum peso nas mãos, sinto dores desde os ombros até as mãos, costas, pescoço e cabeça, além de formigamento nos dedos de ambas as mãos e pé esquerdo. Já faz três meses que não durmo tranquila uma noite sequer por causa das dores. Não conseguirei fazer no período de licença aprovado pelo perito, nem a metade da fisioterapia prescrita pelo ortopedista, pois só consegui vaga, nas clínicas credenciadas pelo Ipsemg, para este mês e somente duas sessões por semana. Só tenho a semana que vem para continuar o tratamento fisioterápico. Em suma, terei que voltar ao trabalho sentindo dores, com os movimentos limitados, sem terminar o tratamento o qual é impossível ser feito enquanto trabalho devido a carga horária de dois cargos que somam 57 h. Tudo isso devido ao descaso do estado e de um perito que nem sequer quis olhar os meus exames, que não perguntou se eu estava melhorando com o tratamento e que nem um dedo tocou em mim para examinar.Além disso, fui obrigada a receber olhares de reprovação de certos colegas que certamente vive recebendo favores.( olhares para os quais não estou nem aí)
É doído,pois chegamos ao final da carreira menos valorizados que um cachorro vira-lata. Onde MG quer chegar, tratando os professores assim?
Professora decepcionada depois de dar os melhores anos de sua vida(32 anos) em funçao da educação em MG

Anônimo disse...

Lamentável a atitude de nossos governantes,para com aqueles que se propõe um mundo melhor através da educação ensinando os jovens e adultos de hoje. Desejo boa sorte a este amigo anônimo e companheiro de profissão.
Professor: Luiz Antonio de Uberaba M.G.

Anônimo disse...

Beatriz tem algumas pessoas sugerindo para fazer uma manifestação dia 21 em Ouro Preto o dia em que o ministro Joaquim Barbosa vai ser palestrante em homenagem a Tiradentes.O que você acha dessa ideia?
Beatriz como nossa representante esperamos que você se posicione publique nossas duvidas e nos responda.

Anônimo disse...

É exatamente através da educação que se resolve problemas como o desse professor aí. Mas os governos de todas as esferas municipal, estadual e federal não valorizam os educadores nem as crianças que merecem uma educação à altura deste país que sonha ser grande. Através da educação podemos diminuir os acidentes de trânsito, os doentes internados nos hospitais, todo tipo de crime, os presídios. Enfim, se existisse um investimento pesado na educação em todos os seus níveis não seria um dinheiro jogado fora mas um dinheiro economizado pois geraria economia de gastos nos hospitais, nos presídios, nos acidentes de trânsitos e em todas as áreas da administração pública...

Anônimo disse...

Tenho um questionamento que diz respeito à carga horária do PUB, professor de uso da biblioteca.
A 9ª SRE – Coronel Fabriciano orientou os PUB a trabalharem todos os dias da semana o horário completo e ainda as reuniões à escolha da direção.
Entendo que essa prática está errada, porque de acordo com a RESOLUÇÃO SEE Nº 2253/2013 no seu artigo Art.3º :
“A partir de 2013, o atendimento aos alunos nas Bibliotecas escolares e na Educação de Jovens e Adultos, na modalidade semipresencial, terá a duração de 16 (dezesseis) horas semanais, distribuídas equitativamente em todos os dias da semana, em cada turno de funcionamento da escola.”
E conforme o Artigo 13
“O Professor para Ensino do Uso da Biblioteca cumprirá a jornada de trabalho prevista nos incisos I e II do caput do art. 10º desta Resolução para exercício da docência...”
E no Artigo 10 diz:
“Conforme dispõe a Lei nº 20.592, de 28 de dezembro de 2012, a carga horária semanal de trabalho correspondente a um cargo de Professor de Educação Básica com jornada de 24 (vinte e quatro) horas compreende:
I – 16 (dezesseis) horas semanais destinadas à docência;
II – 8 (oito) horas semanais destinadas a atividades extraclasse, observada a seguinte distribuição:
a) 4 (quatro) horas semanais em local de livre escolha do professor;
b) 4 (quatro) horas semanais na própria escola ou em local definido pela direção da escola, sendo até duas horas semanais dedicadas a reuniões.”
Portanto o PUB está sendo lesado em sua carga horária e deve ter seu horário adequado, segue um comparativo como exemplo, lembrando que cada direção pode adequar o horário de funcionamento da biblioteca conforme necessidade da escola.



Como está:
Esse exemplo é de uma escola onde o diretor usa apenas 1 hora semanal para reunião aos sábados (mensal 4horas).
Carga horária diária: 4 horas e 10 minutos (retirando o horário de recreio) x 5 = 20 h. e 50 minutos/semana
Carga horária para reunião: 01 hora semanal
Total Carga horária semanal: 21 horas e 50 minutos.
Logo se o cargo é de 24 horas o professor está sendo lesado em 1 hora e 50 minutos, pois tem o direito de 4 horas à sua escolha.
Como deve ser:
Carga horária semanal:
16 horas de atividades divididos nos dias da semana = 3 h 12 min/dia
3 horas para módulos individuais/5 dias = 36 minutos/dia
01 hora para reuniões aos sábados
Total 20 horas
Portanto, o PUB deve ir à escola todos os dias, porém numa carga horária de no máximo 3 horas e 48 minutos diários ou numa adequação melhor do horário, faz-se 4 dias com 4 horas e 1 dia com 3 horas.
É então importante que se oriente que haja adequação dos horários imediatamente, para não haver prejuízo ao direito do servidor.
concorda?

Unknown disse...

Olá. Estive visitando o seu blog, gostei muito e me tornei seguidora.
Eu também tenho um blog, o “Super Promonauta”. Se puder me faça uma visitinha também, e se por acaso gostar e quiser me seguir, será uma honra.
Obrigado e parabéns pelo site!

Anônimo disse...

Beatriz o ministro Joaquim Barbosa, vai estar em Ouro Preto no dia 21, quem sabe você tem oportunidade de falar com ele e ver como está a situação da lei 100?