Embora
a nova peça publicitária de defesa do Governo de Minas, que conta com a
participação do governador Antônio Anastasia e do senador Aécio Neves dê à
população a idéia de que o Estado de Minas Gerais é eficiente, a realidade
vivida por mais de 400 mil trabalhadores em educação demonstra o contrário.
Atualmente são quase 100 mil direitos acumulados que não foram pagos. Após um
ano do início da última greve da educação, os profissionais ainda enfrentam
dificuldades para receber pela reposição trabalhada e servidores esperam até 9
anos para aposentar.
Em
2012 foram realizadas 4 reuniões entre o Sind-UTE MG e o Governo do Estado (26/04,
17/05, 31/05 e 04/06). Além da pauta de reivindicações o sindicato apresentou
demandas pendentes de 2011, problemas ocasionados pela Lei Estadual 19.837/11 e
questionamentos das ações pedagógicas da Secretaria de Educação.
Acompanhe
a seguir o desenvolvimento das demandas apresentadas pelo sindicato a cada
reunião.
1. Processo de negociação
Em 26/04
A
primeira questão que o sindicato cobrou foi o estabelecimento de um processo de
negociação. Foi feito um histórico desde o Termo de Acordo assinado em
29/09/11, todas as demandas apresentadas pela entidade ao Governo e a ausência
de respostas ou de negociação. Cobramos
um processo de negociação em que as questões apresentadas tenham uma solução,
uma negociação.
2. Pagamento do período reposto da
greve
Em 26/04
O
Sindicato cobrou o correto pagamento do período de greve que foi reposto pela
categoria, assim como o direito de reposição aos servidores das
Superintendências Regionais de Ensino. A entidade já apresentou à Secretaria de
Educação relação de escolas com problemas de pagamento e não teve resposta.
Dará retorno até a próxima reunião.
Em 17/05
De
acordo com a Secretaria de Educação já foi dada orientação às Superintendências
para resolverem os problemas apresentados pelo sindicato. Mas não deu retorno
dos problemas de pagamentos ocorridos com várias escolas.
Em 31/05
A
Secretaria de Educação, através de ofício, admitiu que em várias escolas, os
profissionais não receberam corretamente pela reposição da greve de 2011 e que
fará as correções. Neste caso, é fundamental o acompanhamento de cada um e das
subsedes para verificarem se, no próximo pagamento, estas correções foram
feitas.
3. Férias-prêmio
Em 26/04
O
sindicato resgatou toda a negociação feita com a Secretaria de Estado da Educação
em 2011 a respeito de férias-prêmio: o compromisso de rever o limite de 20% e
garantir que os servidores que estão próximos da aposentadoria não fiquem
prejudicados. Mas, ao contrário do que foi negociado, o governo suspendeu a
concessão de novas férias-prêmio e os servidores próximos à aposentadoria não
estão conseguindo exercer este direito. De acordo com o governo, houve a
suspensão porque o governo precisava “estabilizar” a folha para fazer os
estudos sobre a jornada do professor. Ainda assim permanece o problema porque
em janeiro a Secretaria havia afirmado ao sindicato que esta suspensão seria
apenas por alguns dias, mas já são três meses de suspensão. Questionamos a
previsão de retorno, o governo não tinha mas se comprometeu em apresentá-la na
próxima reunião. Quanto aos servidores próximos da aposentadoria, o “fluxo” que
começa com o pedido na escola até a análise da Secretaria será revisto de modo
a agilizar o procedimento.
Em 17/05
O
Governo não apresentou resposta. O sindicato novamente criticou a ausência de
respostas para uma questão tão importante para a categoria e cobrou resposta. O
governo assumiu o compromisso de apresentar uma proposta no dia 31/05.
Em 31/05
Novamente,
o governo não apresentou nenhuma resposta, afirmando que apresentará proposta no
dia 13 de junho. O sindicato não reivindicou nada novo, apenas que o governo
cumprisse com o compromisso que assumiu em outubro de 2011, ou seja, que
aumentasse o percentual que hoje é de 20%. Até o momento, o governo não cumpriu
o acordado e suspendeu o direito em 2012.
4. Reposicionamento por tempo de
serviço e escolaridade
Em 26/04
O
sindicato questionou os inúmeros problemas ocasionados pelo posicionamento na
tabela do subsídio que não reflete a vida funcional do servidor. Há problemas
relacionados ao tempo de serviço e a escolaridade.
A
primeira situação apresentada pelo sindicato foi a dos aposentados. Embora já
tenham dedicado uma vida ao serviço público, muitos foram posicionados com
tempo inferior ao real, o que não se justifica porque já estão aposentados.
A
outra situação questionada pelo sindicato foi a situação dos servidores que têm
direito a progressão e a promoção e que não foram publicadas. De acordo com o
governo no início de maio serão publicadas várias promoções e progressões. O
sindicato questionou o pagamento retroativo, mas o governo não soube dizer
quando seria feito.
Ainda
de acordo com o governo, tudo o que estiver atualizado no Sisap até 30/06 será
publicado através de Resolução. Nova resolução será publicada no final de
outubro. Novamente, ficou sem resposta quando será pago o retroativo.
A
Seplag propôs que fosse feita uma reunião específica para tratar desta questão.
O
sindicato também questionou qual a orientação para as situações em que o
servidor detectou que houve erro no seu posicionamento. O governo dará retorno
na próxima reunião.
Em 17/05
De
acordo com a Seplag, no 5º dia útil de julho, os servidores receberão o salário
já no novo posicionamento. Isso é válido para o que a Secretaria conseguir
alterar no Sisap e o tempo de serviço será o que também estiver no sistema.
O sindicato questionou porque a vida funcional
do servidor já não estava atualizada no sistema ocasionando tantos problemas e
muitas outras questões também ficaram sem resposta.
A
reunião que será realizada no dia 31/05 discutirá isso.
Em 04/06
A
direção do sindicato tinha a expectativa de que o governo apresentasse
informações novas, respondendo aos inúmeros questionamentos já apresentados. No
entanto, tivemos acesso a apresentação que também está disponível no site da
Secretaria de Educação e os questionamentos do Sind-UTE continuaram sem
respostas. A apresentação do governo possibilitou que o sindicato confirmasse
várias questões que trazem prejuízo à categoria. Acompanhe:
-
todas as progressões e promoções adquiridas no período de 2012 a 2015 não serão
publicadas até 2016;
-
o governo afirma a garantia de continuidade de progressões para quem chegar ao
final da tabela mas não apresentou como seria isso. De qualquer maneira não
será antes de 2016;
-
o percentual de 5% garantido como o mínimo de aumento para o servidor ao ser
posicionado na tabela do subsídio tem como referência a remuneração de dezembro
de 2010;
-
o cálculo da média de aulas facultativas e dobra de turno será feita com base
na tabela transitória de dezembro de 2011, independente da data da
aposentadoria.
De
acordo com as Secretarias haverá publicação de uma Resolução em julho
corrigindo o reposicionamento feito em janeiro de 2012, mas não souberam
precisar o que estará resolvido, levando em consideração que há problemas de
promoções e progressões adquiridas e não publicadas ou publicadas e não taxadas
no contracheque e problemas com o não reconhecimento de todo o tempo do
servidor. Ainda de acordo com as Secretarias, o pagamento retroativo também
ocorrerá em julho.
A
situação dos aposentados continua sem perspectiva. O governo não soube precisar
o que será corrigido com a publicação da Resolução e é possível que a situação
somente será resolvida quando o servidor aposentado procurar a
Superintendência. O quadro das Superintendências Regionais de Ensino é outra
situação que a Secretaria de Educação insiste em ignorar. Não há planejamento
para aumentar o quadro de servidores para que seja feito o trabalho de
atualização da vida funcional do servidor ou mesmo para um atendimento aos aposentados.
O Sindicato questionou a situação de um quadro insuficiente na escola e também
nas SREs.
5. Quadro de escola
Em 26/04
O
sindicato questionou novamente a Resolução 2.018/12, cuja publicação ocorreu
sem nenhum diálogo com a categoria. Discutiu a redução dos laboratórios de
ciências, o limite de pessoal para os Cesecs, o conflito entre efetivo e
efetivado, a redução no quadro de Assistentes Técnicos, Especialistas e
Auxiliares de Serviços da Educação Básica em função da política de redução de
turmas. A Secretaria de Educação não respondeu nenhum ponto e este ponto será
pauta da próxima reunião.
Em 17/05
Além
dos problemas já apresentados pelo sindicato na reunião realizada no dia 26/04,
questionamos a Instrução Normativa 01 que estabeleceu normas para o Cesecs. A
Instrução trouxe enormes prejuízos a alunos e profissionais da escola.
Solicitamos que fosse revista, o que foi aceito pela Secretaria. O sindicato
informou que orientará a categoria a manter o quadro no Cesec desconsiderando a
Instrução até o retorno do governo.
Outra
Resolução de quadro de escola precisa ser publicada, uma vez que a Resolução
2018 tem vigência até julho deste ano. De acordo com a Secretaria de Educação,
a discussão sobre o quadro de escola para o segundo semestre será feita após a
discussão da jornada do professor.
Em 31/05
A
respeito da Instrução Normativa 01 sobre a organização do Cesec, conseguimos
manter a Banca Permanente de Avaliação com 3 professores, mesmo no caso de
licença médica. Garantimos também o retorno do professor à Banca após licença
médica.
6. 1/3 da jornada
Em 26/04
O
sindicato novamente questionou o não cumprimento da Lei Federal 11.738/08 no
que se refere a jornada para estudo e planejamento do professor. De acordo com
a Secretaria a previsão para apresentação dos estudos sobre esta questão é até
julho.
Em 17/05
A
previsão continua para julho de 2012.
Em 31/05
Esta
questão será discutida em reunião no dia 21 de junho.
7. Concurso
Em 26/04
O
sindicato questionou qual será a agenda do concurso público uma vez que as
datas tem sido alteradas. A resposta será na próxima reunião.
Em 17/05
O
Governo apresentou o seguinte cronograma:
-
Até 30/05/12: Publicação, no Diário Oficial, dos resultados da prova objetiva
-
Até 26/06/12: Publicação, no Diário Oficial, do julgamento de recursos contra a
prova objetiva e da classificação dos candidatos (1ª etapa) pós-recurso.
-
Até 25/09/12: Publicação, no Diário Oficial, da análise de títulos e da
classificação dos candidatos.
-
Até 26/10/12: Publicação, no Diário Oficial, do julgamento de recursos contra a
análise de títulos e da classificação final dos candidatos no concurso (1ª
etapa + 2ª etapa) pós-recurso.
-
Até 30/10/12: Publicação, no Diário Oficial, do ato de homologação do concurso.
A
perspectiva de nomeação é para o ano de 2013.
Em 31/05
O
Sind-UTE MG reivindicou que o servidor efetivado através da Lei Complementar
100/07 que tenha passado no concurso publico, ao ser nomeado possa permanecer
na mesma vaga que ocupa atualmente. O governo analisará a possibilidade.
8. Violência no ambiente escolar
Em 26/04
O
sindicato cobrou uma posição da Secretaria de Estado da Educação no que diz
respeito aos inúmeros problemas de violência no ambiente escolar que têm
acontecido em Minas Gerais. De acordo com a Secretaria, será feito um
diagnóstico da situação mas o assunto será pauta de nova reunião com o
sindicato.
Em 17/05
Este
assunto será discutido em reunião específica, ainda não agendada.
9. Turmas multiseriadas
Em 26/04
O
sindicato questionou se a Secretaria continuaria com a política de turmas
multiseriadas, mas a resposta foi que esta questão seria discutida junto com o
quadro de escola.
Em 17/05
O
Governo reviu a orientação de organização de turmas multisseriadas. Embora o
novo ofício da Subsecretaria de Educação Básica afirme apenas que “é inadequada”
a organização de turmas multisseriadas em zona urbana, não proibiu a sua
organização.
O
sindicato fará um levantamento em todo o estado e onde existir turma
multisseriada, a situação será apresentada e discutida com a Secretaria de
Educação.
Em 31/05
O
sindicato apresentou o seu levantamento e a Secretaria de Educação também.
Considerando apenas a zona urbana são mais de 1000 turmas multisseriadas. O
sindicato questionou qual será o procedimento para que elas acabem e o governo
não soube informar.
10. Aposentadoria
Em 26/04
O
sindicato questionou a demora na publicação das aposentadorias dos servidores
da educação. Relatou que há servidora que esperou por 9 anos a sua
aposentadoria. A Seplag afirmou que há um projeto estruturador para modificar
esta situação e será apresentado, caso o sindicato tenha interesse em
acompanhar.
O
sindicato também solicitou que a mudança no Estatuto do Magistério fosse retirado
do Projeto de Lei 3.99/12 em tramitação na Assembleia Legislativa. Os
representantes do Governo disseram que analisariam e dariam retorno.
Em 17/05
O
governo mantém a posição de retirada do direito de afastamento da docência após
25 anos de sala de aula.
Em 31/05
Novamente
o sindicato questionou a demora no reconhecimento do direito à aposentadoria.
De acordo com orientação da Seplag às Superintendências Regionais de Ensino, o
servidor deve aguardar em exercício a publicação do afastamento preliminar. O
problema é que a mesma Secretaria não tem previsão de limite para esta
publicação, o que traz mais prejuízo ao servidor que já adquiriu o direito mas
não pode usufruí-lo.
Reposição Greve Nacional
O
sindicato questionou o Ofício Circular 81/2012 que determinou a reposição da
carga horária dos dias de paralisação de 2012. A campanha salarial educacional
de 2012 não acabou e sequer a pauta de reivindicações foi negociada. Por isso
não há que se exigir a reposição e forma individualizada desconhecendo a entidade
sindical que convocou a paralisação. Por isso solicitamos a revogação deste
ofício. O governo dará retorno.
Processo Administrativo Disciplinar
O
Sindicato entregou à Seplag uma relação de servidores que respondem processo
administrativo disciplinar cuja instauração é fruto de um processo de
perseguição à categoria. A alegação é de que os servidores não cumpriram o
calendário de reposição ou boicotaram o Proeb. No entanto, as afirmações não
correspondem a realidade, demonstrando a intenção de perseguição.
Aguardamos
posicionamento do governo.
http://www.sindutemg.org.br/novosite/conteudo.php?MENU=1&LISTA=detalhe&ID=3471
9 comentários:
Bia boa noite! Alunos da Escola Fazenda da Bethânia protestam contra a falta de professores e merenda em Itabira. Veja no site www.defaonline.com.br tem fotos.
Infelizmente não existem leis que obriguem os governos a respeitarem os direitos dos trabalhadores, enquanto isso vamos vivendo nessa penúria. Cada dia mais obrigações, cobranças e nada de direitos.
Vou me aposentar sem usufruir do direito às férias prêmios, ou seja o governo está me roubando três meses de salário.
Beatriz que tal fazer uma lista de todos os aposentados que foram lesados com relação às férias prêmios, colocando na mesma, nome, nº de masp, número de Meses lesados, superintendência, escola, etc. Seria um bom documento para apresentar à sociedade.
O telefone da secretaria responsável por férias premio é: (31) 3915 - 3378, mas você liga, liga e ninguém atende. Acredito que eles devem estar de férias.
TEM PROFESSORES QUE ESTÃO SENDO MANDADOS EMBORA POR CAUSA DO MODULO 2, TEM QUE ACABAR COM ESSA PALHAÇADA DE MODULO 2
TEM PROFESSORES QUE ESTÃO SENDO MANDADOS EMBORA POR CAUSA DO MODULO 2, TEM QUE ACABAR COM ESSA PALHAÇADA DE MODULO 2
ATÉ QUANDO???...
ATÉ QUANDO???...
Beatriz como este ano o Governo travou as férias prêmio no inicio deste ano o percentual tem que ser 20%, ou seja 10% em relação ao primeiro semestre e 10% em relação ao segundo semestre.
Em Governador Valadares, funcionário que foi exonerado da Superintência Regional de Ensino ajuizou ação na justiça com a alegação de que sofreu homofobia por parte das dirigentes Sandra Márcia (superintendente) e suas auxiliares diretas Enedina e Luciene, então chefe do servidor.O judiciário determinou a reintegração imediata do funcionário na SRE de Governador Valadares.
HOJE,14/07/12,EM MONTES CLAROS E EM JANAÚBA O "REPOSICIONAMENTO NA TABELA" CONTINUA SENDO DESRESPEITADO. A ESCOLARIDADE DO SERVIDOR E O TEMPO DE SERVIÇO NÃO ESTÁ DE ACORDO COM A TABELA TÃO DIVULGADA PELO GOVERNO. AS DUAS SUPERINTENDÊNCIAS RECOLHERAM CONTAGENS DE TEMPO E MAL SABEM INFORMAR SOBRE O REPOSICIONAMENTO.É LAMENTÁVEL.
Postar um comentário