A Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou, dia 09/04, um Debate Público com o tema “O novo Plano Nacional da Educação e o Acompanhamento da Sociedade Civil”. A atividade também teve o objetivo de instalar o Fórum Estadual de Educação.
Embora o debate fosse sobre educação, os atores sociais que estão na escola pública foram excluídos da discussão, uma vez que a Mesa foi composta sem a presença de profissionais da educação e de estudantes. Também não houve a participação da sociedade civil.
Mas a atividade serviu para que o Sind-UTE/MG organizasse uma manifestação exigindo do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa o pagamento do Piso Salarial. Foi também momento oportuno para denunciar os diversos problemas vividos pela categoria. As galerias e o plenário ficaram lotados de profissionais da educação. O Sindicato entregou aos presentes o Dossiê da Educação em Minas Gerais, documento que traz uma síntese da realidade da educação no Estado e denuncia a política de desvalorização sofrida pela categoria. Os/as trabalhadores/as em educação se manifestaram exibindo faixas e pratos de alumínio com o tema: A Educação Mineira tem fome de Piso Salarial, Carreira e de Qualidade.
Embora o nome do evento fosse “Debate Público”, após a Secretária-Adjunta de Estado da Educação, Maria Ceres Pimenta Spínola Castro, ter desistido de fazer a sua palestra cujo tema era: “O direito à educação e a participação da sociedade civil”, argumentando sobre a manifestação da categoria, o Deputado Bosco encerrou as atividades sem que os presentes tivessem respeitado o seu direito à palavra.
Confira no site do Sind-UTE MG
8 comentários:
Parabéns, Sind-UTE/MG! Assim se constroi uma categoria! Com luta, com garra, com união e muita persistência conseguiremos derrubar esse poder opressor que está roubando não apenas a nossa dignidade, mas também a vida das nossas escolas!
A luta continua! Ela não parou e não pode parar enquanto o governo Anastasia não aprender a respeitar as leis, as crianças e jovens e os educadores!
Sociedade civil, é a hora e a vez da educação!
Cara Bia esse estado de coisas que está ai caracteriza o que o filósofo walter benjamim denominou de estado de emergência estamos vivenciando um processo histórico que as forças politicas, economicas e culturais do neoliberalismo vem avassalando a democracia que virou um espectro, perto da ditadura encoberta em que o atual governo aecioasia vem querendo dar um verniz de democracia e liberdade lamentavel ao ponto que chegamos.... mas apesar desse momento temos que continuar firmes na luta congraçando as forças com os demais movimentos sociais
Cara Bia esse estado de coisas que está ai caracteriza o que o filósofo walter benjamim denominou de estado de emergência estamos vivenciando um processo histórico que as forças politicas, economicas e culturais do neoliberalismo vem avassalando a democracia que virou um espectro, perto da ditadura encoberta em que o atual governo aecioasia vem querendo dar um verniz de democracia e liberdade lamentavel ao ponto que chegamos.... mas apesar desse momento temos que continuar firmes na luta congraçando as forças com os demais movimentos sociais
Infelizmente estou triste, frustrada, desiludia e desanimada com a educação em Minas Gerais, além de furiosa, é claro. Esses são alguns dos sentimentos que noto também em alguns de meus colegas de trabalho. Que pena, tenho pena de mim mesma!
Infelizmente estou triste, frustrada, desiludida e desanimada com a educação em Minas Gerais, além de furiosa, é claro. Esses são sentimentos que noto também em alguns de meus colegas de trabalho. Que pena, tenho pena de mim mesma!
A situação no país está realmente cada vez mais propensa ao desmantelamento dos processos educacionais, e de todos os meios de equidade social a partir do Estado. O termo "Sociedade Civil" tem um peso teórico, dentro da concepção de Estado, que em muitos casos não recebe a devida atenção, fruto disso são as terríveis desvirtuações do conceito de público. O viés ao qual me atenho é sem dúvida orientado pela crítica de Marx ao conceito de Estado existente na Europa do século XIX, em países como Alemanha e Inglaterra, conceito este que se tornou a “fôrma” dos Estados de orientação liberal. A ideia de que a sociedade civil se completa e se realiza na realidade do Estado traz uma falsa impressão de que o mais importante é a supressão desta sociedade civil em vista da completa instauração de um Estado universalizador que se volta pra si mesmo. A crítica de Marx vai exatamente contra esta visão de supremacia da realidade do Estado sobre a sociedade civil, segundo ele a sociedade civil é a base do próprio Estado, e não o contrário. O Estado não deve ser uma instância de anulação da sociedade civil, ao contrário, é esta sociedade civil formada pela família, pelos indivíduos, pelas classes trabalhadoras, que constitui a universalização do Estado. Como disse, o fruto desta visão distorcida de que o Estado é o universalizador em si mesmo dos interesses da sociedade civil traz a ideia de que em sua constituição ele é autônomo para executar a supressão da própria sociedade civil. Em outros termos, o Estado é posto como fim último da vida social, ficando em segundo plano a condição de centralidade dos indivíduos que formam a sociedade civil e que se constituem como fim último de justificação da existência de um Estado. O Estado existe por causa da sociedade civil e não o inverso. Sendo assim, assistimos a episódios como os ocorridos em Minas Gerais (que vive um governo liberal) onde a sociedade civil é enxergada como instância suprimida pela universalização do Estado, uma centralização que desvirtua o conceito de público (do povo), e instaura uma política de cerceamento dos direitos e interesses do indivíduos formadores da sociedade civil.
Marcone Costa Cerqueira.
Por que as subsedes não foram chamadas para participar desta manifestação?????
Muito estranho, sempre acesso os blogs e site do sindicato e nada.
Prezado colega anônimo,
a atividade não foi divulgada com antecedência no site do sindicato para que o governo não tivesse mecanismos de impedí-la. Você deve se lembrar dos mecanismos de restrição utilizados contra a participação da categoria em novembro de 2011. Não há nada de estranho nisso. Não para quem avalie que é necessário continuar manifestando e denunciando os problemas que vivemos.
Atenciosamente,
Beatriz
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